As mãos de um escritor delineiam pela folha branca
Fazendo com que ganhe vida, construindo alicerces para um mundo paralelo aonde as vontades são concretizadas com o intuito de despertar imaginação. É a criatividade, é a mão, são os pensamentos que fazem de um escritor o que ele é, um deus da Criação!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Vencedores deste País


Vejo na esquina, Vejo na rotina
A pobre criança inebriada pela fome
Entrelaçada a necessidade de ter poucas migalhas no estômago
Mas nem isso nesse país de desiguais
A pobre criança tem no estômago; nem sequer farelos varridos pela poeira;
Vejo na esquina, Vejo na rotina
Quem dera que fosse um problema tão solúvel
Quem dera ter somente uma pobre criança
Para que a fome fosse saciada
Mas não...
É a dificuldade, a pobreza, a corrupção.
É o narcotráfico, a favela, os milhões
Que se comprometem a serem os vencedores deste País.
Os políticos não estão nem aí
Bastando estarem com seus bolsos cheios de verdinhas
Quem nem se importam com o que
Vejo na esquina, Vejo na rotina
A arma, a bala, a maracutaia
Dos bandidos
Que se comprometem a serem os vencedores deste País.
Vejo na esquina, Vejo na rotina
Eh! Já se tornou super-natural
Que uma mãe morra pelas mãos do filho ou
Que um filho morra pelas mãos dos pais
Que se comprometem a serem os vencedores deste País.
Nascer – morrer; crescer – morrer; adolescente – morrer...
Já se tornou super-natural
Ter a certeza que a morte pode vim em todas as fases
E maneiras...
Que, de súbito, podemos num minuto viver e no outro segundo morrer.
Vejo na esquina, Vejo na rotina
A bala a luzir, o corpo a cair e as lágrimas a surgir!
E o luto deste País
Já não mais... Afinal...
Já se tornou super-natural
Vejo na esquina, Vejo na rotina
A folia, a maracutaia
Dos bandidos
Que se comprometem a serem os vencedores deste País
Já se tornou super-natural
Fingir a cegueira enquanto os cobres públicos
São lavados sem nem, como de praxe, a mão armada
Simplesmente abre o caixa dois
Abre uma enrolada CPI que acaba em Pizza;
Eles devoram a Pizza e enchem mais os bolsos de verdinhas
Eh! Vejo na esquina, Vejo na rotina
Eh! Pois é! É a mais incontestável e aparentemente Irremediável...
A obra mais "bela" de Portinari

Desse Brasil colorido de falcatruas;
Pois os que desejam algo melhor para este País
São ofuscados, deixados em segundo Plano
Na mais “bela” obra de Portinari.
Nesse almiscarado de cores de soberba
Cada um querendo sobrepor cada um.
Vejo na esquina, Vejo na rotina
Eh! Já se tornou super-natural
É a dificuldade, a pobreza, a corrupção
É o narcotráfico, a favela, os milhões
E é a política
Que se comprometem a serem os vencedores deste País!

Alef Pereira Mendes Engler

domingo, 25 de outubro de 2009

Eterno


Se me deres uma espada, e a promessa de seu coração, lutarei com todo afinco e ganharei sobre o outro batalhador; então minha vida em ti serás eterna, para que nunca mais te deixes!


Alef Engler