As mãos de um escritor delineiam pela folha branca
Fazendo com que ganhe vida, construindo alicerces para um mundo paralelo aonde as vontades são concretizadas com o intuito de despertar imaginação. É a criatividade, é a mão, são os pensamentos que fazem de um escritor o que ele é, um deus da Criação!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Melhor Sozinho

Tudo dizia que fomos feitos um para o outro
Eu enxerguei a mentira, você, pouco a pouco
Me mostrou a verdade .
Eu me vi perdidamente apaixonado 
Eu a Lua
Você, o Mar 
Eu te atrai
Mas não te toquei.
Dizem que inflei meu amor, 
Em troca 
Você engrandeceu seu ego 
Você só me deu prazer
Imaginando que isso era te ter 
Mas dizem que nunca tive você...
Por completo 
Eu só tive dor 
Te entreguei meu melhor
Você afundou tudo 
Digerindo só o pior.
Eu vou continuar como se nunca tivesse te conhecido
Vou nadar nesse oceano, sozinho...
Incompleto, mas livre de dor 
Sem implorar mais por este amor!

Alef Mendes Munir

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Toque Mágico

Iço seu coração
Na minha mão
Te levo a isso:
A  um rumo cheio de vício
De aguçar seu beijo 
Lamber seu cheiro
Desnudar o caule dessa flor
Enlouquecer no nosso sabor
Desenhar em meio aos rabiscos 
Os nossos sonhos 
Cheios de riscos
Oh, meu amor
Sinto o palpitar dessa paixão
Dentro do meu corpo
Eletricidade com gosto 
Faíscas que correm no rosto
Incendiando o nosso fogo
Com um toque mágico
Do nosso doce desejo louco...


Alef  Mendes Munir

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sabe...

Sabe
Dizem que te conheço pouco
Será mesmo?
Confesso
Que tive todas impressões suas 
Exceto essa...
O tempo foi o único que menos falou 
Entre nós
Existe algo bem mais que só Tempo...
São sentimentos que,
Se antes existia um vazio
Você completou...
Sabe
Se antes imaginava que só fosse prazer
Eu sei, eu me enganei;
Perfeito como imaginei...
Sabe,
Estou me surpreendendo
E tudo isso
Há uma coisa apenas eu quero saber...
É continuar simplesmente sentindo...

Alef Mendes Munir

Um ou mil anos...

Foram tantas promessas
E que um dia elas se realizariam
Poderia demorar, um ou mil anos
Quem sabe dizer...
Será o nosso outro amanhã
Atravessaremos barreiras, inúmeras vezes,
Nadaremos em um mar de rosas
Assim como caçaremos nossos olhos
Como pegadas de um mar 
De sombras...

Só para te buscar
Mesmo como uma agulha em um celeiro
Eu vou te encontrar...
Pois estou começando a achar
Que fomos moldados um da centelha do outro
Divinamente feitos
Mortalmente eleitos
A sermos um só...
Amor perfeito


Quem diria...
Que mesmos nossos olhos cegos a horizontes infinitos 
Os nossos corações ainda estariam apaixonados
Um ou mil anos 
Quem diria... 
Quem diria que nos conhecemos de tantas vidas 
E em todas você me faz do jeito que estou...
Você minha alma imortal
Me encontrou...
Seu corpo, antes oco...


Alef Mendes Munir     

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O mais democrata de todos...

Roube dessa caixa, marque o dois
Use esse dinheiro no tráfico:
Pode ser de influência, de drogas ou de carro importado.
Deixe um pouco na Suiça
Porque se o ''leãozinho'' descobrir 
Vai virar pizza
Se finja de pólitico salvador Vá a missa
Dê uma de pastor.

Assine licitações, com o dinheiro público
Finja dar um rumo, num desvio curto 
Tire seu lucro 
Você é o mais corrupto 
É o que mais dá furo 
De deputado, a senador 
Olhe nosso salvador! Fingidor!
De vice, a Presidente da República;
Pegue sua coroa, 
Proclame-se de vez
Presidente do Senado, 
O nosso Grande Rei 

Tire da saúde, dane-se a educação
Vamos festejar a corrupção
Porque, o que será da maioria 
Se da pobreza vieram 
E nela vão ficar? 
Cair para a miséria absoluta 
É ali, Grande Rei, que elas merecem estar?

Tire deles, gaste ou invista 
Mas será em seus bolsos 
Nessa caixinha de número dois
Porque você é o mais hipócrita 
É você que bate na porta 
Alegando promessas sem cunho. 

Com mais de seis milhões, veja o Estado
Você os mata pouco a pouco 
Quando tira-lhes os seus bilhões
Porque você é...
Você é, Grande Rei, 
O mais democrota de todos
Mas é para si mesmo e sua grande Corte!

                                Alef Mendes Munir

terça-feira, 31 de maio de 2011

Amor Adormecido

Quanto tempo acha
Que essa distância
Irá manter a lembrança dos nossos beijos intacta?
Será que você acredita que eu seja
A Bela Adormecida,
Que em meu sono centenário
Esperarei seu amor imaginário...

Se não soubesse o quanto te sinto aqui
Talvez você não tivesse ido,
Se me ouvisse, 
Saberia que esse amor, clama para ser ouvido...
Mas seu eco é fraco
E pouco a pouco, quilômetros a fio e ele já está perdido...

Arranque esse coração, prenda-o na torre mais alta
Ou o afogue nesse veneno de sua maçã
Arranque meus sentimentos
Assopre-o para o Lobo
Mas não me faça de bobo
Não me faça acreditar
Que em apenas nos contos de fadas
Você me beijou 
Que foi em um sonho 
Você me tocou...
Que fizemos amor.
Então eu te digo sem adormecer por cem anos

Se for demorar 
Não é preciso voltar
Não é necessário seu amor
Se o que essa distância nos traz é somente dor
Você não é um príncipe, então deixe esse jegue
Corra com o pé
Entre na estação
Se quiser vim para o meu coração...

Alef Mendes Munir

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Baseado de amor

Ainda que tivesse de ser feliz
A vida foi feita para ficar em um triz
Trilha de trem é onde ela segue
Que dali dará a tua estação
Encontrará a sua paixão
Preciso falar que a vida é cheia de paradas?
É como um asfalto, dura e dura, mas chega um momento que tem que tampar buracos...
Enlouqueça nessa vida que não é preciso a precisão
Deixe a razão, siga seu coração
Risque o seguro, agarre o risco...
Mergulhe nesse rio, molhe sua sensatez
Arranque sua lucidez...
Não é necessário sermos divinos  para saber o quanto a vida sozinho é sol sem calor,
Mas na insensatez encontramos boas razões, afinal;
Fume um baseado, temos neurônios demais,
Por que não queimar uns ''milhõeszinhos''
Nesse baseado de amor...
A vida é daqueles que destroem suas limitações
É como um avião morto, permita que só os ventos o guie
Livre para voar
Sem preciso aterrissar
Navegue nos mares das paixões,
Nesse paraíso, consuma-se nessa fumaça de êxtase,
Queime-se no calor desse baseado de amor...

Alef Mendes 

terça-feira, 3 de maio de 2011

Descartável

Finjo dizer que te quero
Mas na verdade você não é o que eu espero
Te digo que sou o anjo do seu céu
Só que por trás desse véu
Sou o espelho do seu inferno
O pecado da sua inocência
O gelo que te incendeia
O sol que te congela
Pois é da frieza que sustento sua paixão
É do calor que prendo seu coração
Que te faz me amar em vão.
Se há lágrimas em meus olhos
É porque sou ator
Te dou amor
Quero sentir o sabor
Exibir que você é a conquista
Te entregar o que tanto alucina
E me dar o prazer que me fascina
De te ter
Para depois jogar fora.

Homo Sapiens

Se te dissesse 
Que sou italiano 
Mas meu gingar é americano 
Induzo ao canto soprano 
Solto o coro, expresso sua cara nesse mundo plano
E ainda assim sou ser humano 
Me dizem então que sou diferente?

Se me falasse que sou brasileiro
Danço samba gafieiro
Luto o dia sem sossego 
Com uma 'inflação' que o salário se desmancha inteiro...
É o senado votando, são os deputados aprovando 
Com o nosso dinheiro voando para longe do povo
Ainda te diria que sou do mundo inteiro 
Sou ser humano e por ora brasileiro...

Se eu nascesse inglês
Falaria o teu francês
Bonjoir pela manhã e tarde
Daria a Rainha
Seria até cortês 
E a noite o seu Good Night 
Para não esquecer da minha parte
Com pouca sensatez
Eu me nasço vários 
No final ainda sou Homo Sapiens 
Da pátria, dos povos
Do Ser que é Humano

sábado, 19 de março de 2011

Sombras do Sertão

A menina do sertão
Pede água, come caroço, mas cadê o feijão?
É farinha, água e pão...
Se é que o trigo nasce
Com essa segura, não brota nada
Nas rachaduras desse chão.

A mãe do sertão
Chora por fome, rala por uma vida que a consome
Sofre na miséria, mas não perde a esperança
De salvação.
É o pai que some, perde seu nome
Diz ser outro alguém em uma metrópole
Massacrada pela ideia de libertação

O filho do sertão
Chora por um pai que nem sabe
Se ainda é só seu, ou já outros
Já o têm como seu novo papai;
Ficando em desolação
A menina cresce em desordem
Em desnutrição
Com a mãe interpretando o lugar do pai
Chorosa, o filho deita-lhe a palma da mão
Sobre sua face, dando-lhe o único significado
Da palavra 'poder' que lhe é capaz:
A consolação

Alef Mendes Engler

segunda-feira, 14 de março de 2011

Amor Perdido

Começo a perceber que eu gostava de você
Que me negava a escolher
Entre eu e você, entre nós...
De dizer que sim,
Preferia aquele que me tentava ao erro
Nos impedia de ficarmos a sós
Me negava a enxergar que era você a me dar
O que realmente necessitava
Me deixei levar pela ilusão de um amor que já estava perdido
Bem antes de nascer,
Permitir esquecer que era você
A minha paixão...

Por que desejei ter a ele,
Se era você que me dizia sim,
Escolhi o amor perdido,
O sol falso
Mas, ainda sim, ardia em mim.
Oh, coração...
Por que me engana,
Diz que ainda me ama...

Você quebrou o nosso vidro,
Mas eu ergui outro a nossa volta,
Por outro, fiz de você o outro,
A nossa possibilidade
Vi caindo, mas não me importei;
Agora me vejo aqui sem sono
Buscando apenas um sonho;
Agora eu sei o quanto te amei...

Se ficássemos, você ainda daria seu amor?
Se me desse mais uma chance,
Você ainda me faria esse favor?
Me amaria com todo o seu fervor?
Diz pra mim
É só falar que sim
Pois você é o meu eterno sonho,
Agora eu sei, mesmo um pouco tarde, mas ainda assim
É só dizer que sim.

domingo, 13 de março de 2011

Mata Que Mata

Se hoje não choro, é porque já não morro
Se sou imortal, sou de metal
O coração rompe, o sangue irrompe
A sangue frio, eu rio.
Faço pessoas sangrar
Fios, rios, sem parar.

Se sou um monte de latas
É porque destruíram as matas
Poluiu. Evoluiu.
Robô, roubou a verde primavera
Natureza,
O homem viu,
A Criação de Deus ruiu.

Evolua mata que mata
Da mão mecânica
Perde sua honra
Transforma o seu arsenal
Em sua arma fatal.

Alef Mendes Engler

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O Que Somos...

Deveríamos nos conhecer
Tínhamos que saber
Que nos compreender
Não seria fácil
Se o que rola entre nós não fosse ágil...
O que seria de nós?
De nossos sóis
De nossas luas
Já que nossos olhos não se fecham
Nossos corpos já não se cercam
O que é prazer sem amor?
É o puro desvendar do calor.


Foi assim tão de repente
Que inundou a gente
Sabotou nossas mentes
Confundiu...
E agora,
O que somos?
Eles dizem que somos algo sem definição,
Mas, no fundo, eu acho que apesar de tudo
Isso tudo se transformou
Tão subitamente
Em amor...


Alef   Mendes Engler

Prisioneiros da Paixão

Seu corpo, meu apelo
Minha boca, seu beijo
Seu amor, meu desejo.
Apego que me faz sorrir
Saudade que te faz entristecer,
Estrada que me faz correr, só para ti ver...
Seu toque, meu desfalque.
Rouba de nós,
Prende em anzóis
Os nossos corações,
Antes em desordens,
Agora juntos e a sós.


Alef Mendes Engler