No pôr-do-sol
Imaginando que os sons das letras
Das minhas poesias fariam companhia a você
Nas noites frias de domingo
De um inverno ininterrupto
Como as estrelas
Que você notou por curtas noites
E nos longos dias, você esqueceu.
Foram os sons das letras
Que escrevi
Que me fizeram ver que os seus olhos
Não se fixam em mim
Apenas no poeta que reside em mim
Não nos sentimentos que sinto por ti.
Olhos que me fazem chorar, coração que me faz doer
Amor que me faz sangrar
Mas que me trazem inspiração de escrever e te amar.
Os sons das letras que escrevi
Cravam você em mim muito mais
Do que a tinta, que deixo nesse simples papel;
Mas meu próprio amor não passa de uma miragem;
O amor é algo que arde
Mas você não ver muito mais que minha arte
As letras são parte do meu rascunho
Dos sons que criei para me ludibriar
Com o amor plâtonio que sinto por ti
E sei que nas páginas do papel ficarão
Eternizadas
Enquanto sua recíproca, minha eterna ilusão,
Fica por acontecer
Aos sons das letras que mandei ao vento
Para te contar.
Alef Mendes Engler