As mãos de um escritor delineiam pela folha branca
Fazendo com que ganhe vida, construindo alicerces para um mundo paralelo aonde as vontades são concretizadas com o intuito de despertar imaginação. É a criatividade, é a mão, são os pensamentos que fazem de um escritor o que ele é, um deus da Criação!

sábado, 28 de agosto de 2010

Conto de fadas

Eu esperei que pudéssemos ser infinitos enquanto durássemos 
Para mim,
Já aguentamos mais do que realmente pudemos suportar,
Estou mais perto do limite, 
De não tocar o chão e nem mesmo abaixo dele
Mas sim, talvez seja o céu, 
Sempre achei que o merecesse mais do que a todos.
Pois, no final, por quem estou vivendo, senão por mim mesmo?
É uma pena, ter um coração se enroscando no espinho
Não doí mais do que aquele que dilacerado
Pela decepção.
Preciso de uma maça envenenada,
Preciso dizer adeus para minha respiração.


Achei que o nosso felizes para sempre 
Estivesse escrito nas estrelas
Que eu pincelei para que tivessem seu melhor brilho
Nas noites de inverno enquanto me esfriava para aquecer você
Te dei muito mais do que tinha para dar
Escrevi um conto de fadas onde não existia um príncipe e uma princesa
Apenas um sapo e uma bruxa.
Será assim tão normal,
Vivermos para os outros sem nem ao menos um pouco de retribuição?
Traguei um sorriso, mas não era isso que eu trazia,
Eu desejei apenas chorar
Só que as lágrimas haviam secado
Levei cada uma para meu túmulo de cristal
Sem nem ter esperanças de um príncipe
Me entreguei ao sono da morte
Para provar do ópio que ela trás 
E quando despertar do meu conto de horror
Pensar que amar você foi um erro
Só por sonhar demais.


Alef Mendes Engler