Para mim,
Já aguentamos mais do que realmente pudemos suportar,
Estou mais perto do limite,
De não tocar o chão e nem mesmo abaixo dele
Mas sim, talvez seja o céu,
Sempre achei que o merecesse mais do que a todos.
Pois, no final, por quem estou vivendo, senão por mim mesmo?
É uma pena, ter um coração se enroscando no espinho
Não doí mais do que aquele que dilacerado
Pela decepção.
Preciso de uma maça envenenada,
Preciso dizer adeus para minha respiração.
Achei que o nosso felizes para sempre
Estivesse escrito nas estrelas
Que eu pincelei para que tivessem seu melhor brilho
Nas noites de inverno enquanto me esfriava para aquecer você
Te dei muito mais do que tinha para dar
Escrevi um conto de fadas onde não existia um príncipe e uma princesa
Apenas um sapo e uma bruxa.
Será assim tão normal,
Vivermos para os outros sem nem ao menos um pouco de retribuição?
Traguei um sorriso, mas não era isso que eu trazia,
Eu desejei apenas chorar
Só que as lágrimas haviam secado
Levei cada uma para meu túmulo de cristal
Sem nem ter esperanças de um príncipe
Me entreguei ao sono da morte
Para provar do ópio que ela trás
E quando despertar do meu conto de horror
Pensar que amar você foi um erro
Só por sonhar demais.
Alef Mendes Engler