E não preciso muito mais do que a cabeça
De um pássaro; para saber que esse é o momento de
Não mais correr;
Mas que sabe que essa é a hora de não me ver sofrer,
Ainda que fingindo por fora,
E por dentro,
No meu peito há um coração despedaçando,
E outro rezando para você voltar.
Me vejo na vidraça
Com as gotas de chuva
Cerrando meus olhos que tentam te ver
Como um sonho bem distante
Em meio ao mar rasante
Que não me traz outro amante
Estou de coração dilacerante.
De uma hora para outra criamos amores,
O mundo traz favores
Estou enxergando muitas cores,
E sem perceber estou com uma flecha
Em meu coração, perdendo os sabores,
Pedindo para morrer,
Com a esperança de reviver,
Afinal a morte não é um final
É apenas desfecho para uma outra jornada
Que só assim aprenderei a não errar igual.
Alef Mendes Engler